Raízes na Amazônia
Livraria Francisco Alves Editora, Rio de Janeiro, 2006.

Raízes da Amazônia é uma novela em cuja estória estão presentes lendas e costumes, e neles, o homem – como seu personagem principal entre dois mundos: o “mundo das águas” da Amazônia e o “mundo das secas” do Nordeste. . Tem, em seu contexto, desafios e enfrentamentos – em que o misticismo e o fantástico também se envolvem em sua trama e no destino dos personagens. Não só a saga da chegada, da luta, da conquista e da presença brasileira na então tão longínqua quanto apartada Amazônia. É também a saga do viver lá. Das mitologias dos que chegantes e da dos que lá já chegados: “de cabra valente, brigas por terra, vinganças, rapto de mulheres, e encanto. Da tocaia perenizada à Uiara, mãe d´água enfeitiçando o pescador. Do aboio pelas veredas ao grito de apelação a Manhanungara, para salvar sua filha-afilhada da tentativa do Boto. Da mula-sem-cabeça à invenção de Tajapanema que seduzida por um branco, e por ele abandonada, culpando “Foi o Boto, Sinhá”, e suas manhas”. E daquele que a narrar: “ele tinha sabido – o inevitável e o inexorável dos rumos que todos tomam” pois que “quando chegado o deles momento saberão todos os que partem desse mundo”. Raízes na Amazônia tem seu núcleo num livro anterior (O Migrante, editado em 1998), onde foi relatada parte das sagas numa espécie de uma das pernas do compasso dos migrantes que foram. Nesse agora (Raízes da Amazônia) se arma o compasso com suas duas pernas, dos que vão, e, em podendo, voltam. Voltam senão neles mesmo, quando não podendo voltam (por delegação) os seus filhos, seus descendentes. Assim os migrantes que foram se transformaram em personagens novos na terra de origem como migrantes que voltaram.

(você pode comprar  seu exemplar na Livraria Francisco Alves Editora pelo telefone (21)  2235-6323  ou pela Internet editoralfalves@gmail.com )